quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Caderno





às vezes me refugio
dentro do meu caderno
é lá que encontro abrigo
onde posso sonhar
visito cada linha
olho rabiscos sem fim
um número de telefone
nem sei bem de quem
um nome solto na página
sem rosto e solitário
nenhum compromisso marcado
nada me prende ao lugar
passeio alheia ao concreto
cada inteiro é pedaço
de um pequeno devaneio
é lá que encontro meu mundo
suspenso
dentro do meu caderno

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